A maior competição de vela oceânica da América Latina já está programada para voltar ao litoral norte paulista entre 7 e 15 de julho de 2017, após o sucesso deste ano. A 43ª edição da Semana de Vela de Ilhabela marcou o ano olímpico com a participação de atletas que defenderão o Brasil nos Jogos do Rio, elevando ainda mais o nível técnico do evento. Na disputa, 136 barcos de 13 classes diferentes, entre eles equipes do Uruguai, Argentina e Chile.
“Mais uma vez, a Semana de Vela de Ilhabela apresentou um nível técnico internacional, e nesta temporada foi ainda mais forte, com velejadores, treinadores, juízes e staff com lugar garantido na Rio 2016. Para o ano que vem esperamos repetir o sucesso, corrigir erros pontuais e continuar honrando a história do evento, que sem dúvida é o melhor da América Latina”, disse Carlos Eduardo Souza e Silva, diretor de vela do Yacht Club de Ilhabela, que organizou e sediou a competição.
A 43ª Semana de Vela de Ilhabela testou os velejadores com uma série de disputas especiais entre as mais de 100 regatas realizadas, colocando em prática a habilidade, o investimento e o entrosamento das tripulações. A competição foi aberta no domingo (3), com três regatas de percurso – a tradicional Mitsubishi Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil, a Toque toque por Boreste e a Renato Frankenthal. Ao longo da semana, os HPE30 se enfrentaram no Grand Prix dos 30 Pés, enquanto o Torneio por Equipes movimentou as classes ORC, IRC e RGS. O evento também definiu os campeonatos brasileiros de C30 e IRC e o Sul-Americano de ORC, reafirmando sua importância em nível internacional.
“A Semana de Vela é única por proporcionar uma infinidade de situações com diversos tipos de percurso, condições de vento, corrente e dar chance para os amadores medirem esforços com profissionais e olímpicos”, avaliou o organizador do evento, Cuca Sodré.
Excelência olímpica
Como acontece em todas as edições, a 43ª Semana de Vela de Ilhabela contou com a participação de atletas olímpicos. Neste ano, a competição ainda representou uma bem-vinda “folga” na preparação de alguns velejadores, a um mês dos Jogos do Rio 2016. Samuel Albretch, representante brasileiro na classe Nacra com Fernanda Oliveira, integrou a equipe do Crioula, quinto lugar na ORC geral. Jorge Zarif, esperança de medalha na Finn, mostrou que está afiado e, formando dupla com Arthur Lopes, conquistou o título do evento na classe Star com vitória em todas as regatas.
Na HPE30, a experiência de André “Bochecha” Fonseca na disputa de três olimpíadas ajudou a levar o Phoenix ao título, com vitória em 10 das 11 regatas disputadas. Já Nelson Ilha, em sua sexta participação nos Jogos como juiz, viveu o outro lado da competição em Ilhabela. O experiente velejador comandou o barco Felciuno, quarto colocado na ORC geral.
A parte técnica também mostrou excelência em nível olímpico, com a atuação de Cláudio Buckup na logística do evento. Como Nelson Ilha, Buckup representará o País no quadro de árbitros da vela dos Jogos do Rio. Em sua primeira participação, será gerente de prova, responsável por montar os percursos e dar a partida e chegada das regatas.
Baleias, desfile de barcos e atrações culturais
Durante todo o evento, os velejadores ainda foram brindados com a companhia de baleias e golfinhos perto de Ilhabela. A época é de migração, tornando mais fácil avistar os animais na região, mesmo assim a quantidade e proximidade deles encantou quem participava da competição. Na abertura, domingo (3), as jubartes deram um show de acrobacias aos competidores da Regata Mitsubishi Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil. Já o último dia de disputas foi marcado pela presença de baleias de Bryde e golfinhos nadando na área dos barcos.
Para quem ficou em terra, a Semana de Vela de Ilhabela também teve uma série de atrações, começando com o show dos Paralamas do Sucesso e terminando com o Legião Urbana Cover, além de peças teatrais e palestras. O Desfile de Barcos, no sábado (9) de manhã, atraiu para o píer da vila centenas de apaixonados por vela, para ver a passagem do histórico navio Cisne Branco da Marinha, puxando a fila dos veleiros no encerramento da competição.
Campeões da 43ª edição
Bico de Proa – Bacanas III (Christian Lundgren)
Clássicos – Áries III (Alex Calabria)
HPE25 – Ginga (Breno Chvaicer)
HPE30 – Phoenix (André Fonseca)
C30 – Katana (César Gomes Neto)
J70 – Cloud Nine (Phil Heagler)
Star – Al Hamed (Jorge Zarif)
IRC A – Rudá (Guilherme Hernandez)
IRC B – Asbar IV (Jonas de Barro Penteado)
IRC Geral – Rudá (Guilherme Hernandes)
ORC A – Miragem (Paulo Roberto Freire)
ORC B – Maestrale Logsub/Mapma (Adalberto Casaes)
ORC Geral – Miragem (Paulo Roberto Freire)
RGS A – Kalymera V (Antônio Paes Leme)
RGS B – Asbar 2 (Sérgio Klepacz)
RGS C – Rainha Empresta Capital (Leonardo Jacobi Pacheco)
RGS Silver – BL3 (Clauberto Andrade)
RGS Geral – Asbar II (Sérgio Klepacz)
Grand Prix dos HPE30 – Phoenix (André Fonseca)
Torneio por Equipes – São Paulo (Rudá / Asbar 2 / Mussulo III)
Brasileiro de C30 – Zeus Team (Inácio Vandresen)
Brasileiro de IRC – Asbar IV (Jonas de Barro Penteado)
Sul-Americano de ORC – Cristabella (Martin Meerhoff)