A Semana de Vela de Ilhabela tem em seu calendário quase 100 regatas programadas somando todas as oito classes. Com várias opções de raias, dentro e fora do canal de São Sebastião, os velejadores são testados em provas de longo e médio percurso, além das de barla-sota, que são regatas entre boias.
Dependo das condições do vento, a organização monta as boias em um lado da ilha paulista. Nesta terça-feira (24), com uma nova entrada de frente fria e ventos na direção sul variando de 15 a 20 nós, foram realizadas duas provas para todas as classes.
”Ilhabela concentra esse número expressivo de barcos por ter várias opções de regata. Tem prova no lado leste com muito sul, no canal com muita corrente, regatas de percurso com bastante vento e outras mais. É um dos melhores lugares para a prática da modalidade”, explicou Marcelo Gusmão, representante do Brasil em Atlanta 1996 e comandante do Itajaí Sailing Team.
”É um excelente lugar para se velejar e a Semana de Vela tem opções diferentes de regatas longas, conhecidas como costeiras e que são bacanas pela geografia da ilha. Tem opções de percurso médio e as regatas de barla-sota, que foram as de hoje. ”, disse Juninho de Jesus, velejador do Loyal Red Nose. ”O objetivo principal da Ilhabela Cup pra gente foi testar muitas coisas no C-30 e a tripulação”.
As regatas desta terça-feira serviram para definir também os campeões da Ilhabela Cup, uma competição dentro da Semana de Vela de Ilhabela.
Na C-30, o vencedor foi o Caiçara UV Line (Marco de O.Cesar). A equipe fechou a disputa com duas vitórias no dia. “Nossa tripulação está afinada, há dois anos competimos com os mesmos velejadores e temos muita sintonia nas manobras”, definiu Flávio Goulart, do Caiçara. “O dia foi muito bom para nós, com o vento sul no canal de São Sebastião. Conseguimos manter uma velocidade constante, e isso faz diferença em condições como a de hoje, com mais vento.”
Na HPE, o Take Ashauer foi ameaçado pelo Ginga, mas levou a melhor. O adversário venceu as duas regatas do dia, porém não foi suficiente pra passar.
Na ORC e IRC, o grande bicho-papão até agora é o Crioula. O barco do atleta olímpico Samuel Albrecht teve o melhor desempenho no acumulado dos pontos e foi o ganhador da Ilhabela Cup. O Crioula também vem de um recorde histórico. O veleiro do Rio Grande do Sul obteve no último sábado (21) a melhor marca da história na regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil com 6 horas, 1 minuto e 42 segundos.
Na RGS, o Xiliki (Leonardo Leal) é o destaque. Vencedor da regata Ilha de Toque-Toque por Boreste, o barco foi o campeão da categoria na Ilhabela Cup, com um segundo e um terceiro lugar nas regatas.
Entre os clássicos, o Áries III (Diogo Aguiar / Amadeu Bueno) foi o campeão da Ilhabela Cup. O Seu Pimenta (Flávio Farkouh) foi o vencedor na Bico de Proa A, enquanto o Cambada-1 (Luiz Fernando Giovannini) conquistou o título na Bico de Proa B. A classe Multicascos não correu a Ilhabela Cup.
Confira as fotos das regatas do dia:
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