Classe C30 mostra competitividade e promete boas disputas no próximo fim de semana

Se tem uma classe participante da terceira etapa da Copa Suzuki que não tem do que reclamar do último final de semana de regatas em Ilhabela é a C30. No sábado, ventos constantes de 15 nós e no domingo, um pouco mais fracos, mas igualmente constantes, na casa dos 10 nós, embalaram as disputas na raia do Canal de São Sebastião e proporcionaram “pegas” emocionantes para os velejadores.

“Foi um final de semana incrível. Sem dúvida as regatas mais disputadas que já corremos”, comenta o comandante do veleiro Kaikias, Felipe Echenique, atual terceiro colocado na etapa, que nem por isso deixou de se entusiasmar com o resultado:

“Para nós a participação foi muito boa. Na Semana de Vela, não fomos muito bem por alguns fatores, inclusive de tripulação. Nesta etapa estávamos com tripulante novo, um time mais entrosado, fatores que colaboraram para uma boa performance. A classe está muito disputada, pequenos detalhes são importantes e manter uma tripulação constante ajuda muito a evitar os pequenos erros que, somados, fazem toda diferença”.

Mauro Dottori, comandante do Caballo Loco, que vinha na liderança, sofreu com a ausência de dois tripulantes fundamentais para a equipe: “para nós isso foi fatal, sem dúvida, o que não tira o mérito das outras equipes que velejaram muito bem em regatas muito disputadas.

“Os barcos ficaram muito muito próximos. Tivemos altos pegas na raia, a dissonância realmente foi o nosso barco, que também estará desfalcado no próximo final de semana. Uma pena, pois vamos nos distanciar no campeonato, mas, isso é a vela e faz parte. Agora, a última velejada foi ótima. A C30 continua numa boa”, resume Mauro.

Ricardo Apud, do +Realizado, segundo colocado na etapa, faz coro com os demais e comenta que  “as regatas foram muito disputadas. Talvez tenha sido o final de semana mais disputado que já tivemos na Classe C30 e regularidade é tudo.

Fomos bem no primeiro dia de regata, porém nos perdemos um pouco no domingo com duas largadas ruins, o que prejudicou o nosso desempenho pois tivemos que fazer regatas de recuperação e isso é complicado em função do equilíbrio das equipes.

Dá para pensar em buscar uma primeira colocação nas próximas regatas, mas é bastante complicado. Temos que focar em fazer o nosso lado. O barco esta muito rápido e temos barcos próximos. O Kaikias evoluiu muito é se tornou mais uma preocupação para os demais. O Caballo Loco teve um final de semana não muito bom, mas tanto eles como o a equipe do Barracuda têm condições de ganhar regatas e é preciso estar atento”,  completa Ricardo Apud.

Humberto Diniz, comandante do Barracuda, sente um pouco o fato de estar na quinta colocação, mas confirma que na C30, tripulação é tudo: “a gente velejou com apenas três tripulantes constantes, montamos uma nova tripulação em cima da hora e isso faz diferença. As regatas na raia ali na baía de Caraguá tem mais ou menos um percurso definido. Não tem muito o que inventar, assim, a tripulação mais entrosada vai levar vantagem”, analisa.

“Nós pretendemos, no próximo final de semana, melhorar nossa posição. Quero ficar entre os três primeiros, não da etapa, porque é mais difícil, mas pelo menos nas próximas regatas. Agora, mesmo independente do resultado, velejar no C30 é muito bom, uma grande emoção e diversão”, finaliza.

Quem deve ter mesmo sentido esta emoção toda de ser praticamente imbatível neste primeiro final de semana foi a equipe Caiçara, de Marcos de Oliveira Cesar, que venceu cinco das seis regatas disputadas: “viemos com dois novos tripulantes e, com eles, resolvermos nos reinventar alterando as funções de quase todos da equipe visando uma otimização que,  parece, por hora está funcionando”, comenta Marcos.

“Estamos contentes com os resultados, mas nenhuma das regatas nos permitiu um favoritismo. Contamos com bons acertos na tática, o que em duas regatas nos garantiu a vitória. A classe C30 é muito competitiva e não permite nem pequenos erros.

Para manter a liderança o líder tem que fazer o melhor, pois todos têm as mesmas chances, já que os barcos são iguais e os adversários tem nível elevado e semelhante”,  finaliza o comandante do Caiçara.

A competição prossegue no próximo final de semana, dias 17 e 18, quando serão conhecidos os campeões da etapa.

A Copa Suzuki Circuito Ilhabela de Vela Oceânica tem organização do Yacht Club de Ilhabela, patrocínio da Suzuki Veículos, copatrocínio da B&G Instrumentos Náuticos, apoio da NorthSails, Revista Mariner, Revista Ancoradouro, Rádio Antena 1, Balaio de Ideias Fotografia e Comunicação e Prefeitura Municipal de Ilhabela.

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